Desafio Corporativo: Como montar um stack de ferramentas de marketing? – Parte 2

A parte 1 deste artigo está aqui.

Continuando com este tópico essencial para a estratégica e definições de marketing, ao finalizarmos o desenho das camadas precisamos desenhar os processos da operação de marketing.

 

Desenhe os processos que serão executados pelas camadas de ferramentas

Aqui é um ponto interessante pois muitos processos já são desenhados antes mesmo da definição de camadas, mas é mais fácil fazer os processos depois do desenho das camadas de atuação pois temos a possibilidade de uma maior clareza tanto por quem escreve o processo quanto por quem lê.

O desenho de processos exige conhecimento técnico avançado. Basicamente é a forma como o tático-operacional do marketing irá funcionar.

Aqui não há necessidade de entender como as ferramentas funcionam, apenas como a área deseja operar. Por exemplo, um processo simples é definir que temos uma campanha de mídia paga que roda através de diversos sites com o objetivo de levar tráfego para uma landing page de produto.

Ao se cadastrarem no formulário da landing page, os leads entram em um processo específico de nutrição através do recebimento de e-mails e mensagens via whatsapp ou SMS ao longo do processo, durante essa nutrição, atribuiremos pontuações ao lead de acordo com o volume de interações e de informações que ele fornece. Por fim, de acordo com uma pontuação estabelecida pelas equipes de marketing e comercial, o lead é definido como “quente” e há uma atuação da segunda área para entrar em contato e realizar a venda . Essa segunda etapa envolve a camada de automação e CRM.

Por fim, há a necessidade do acompanhamento de resultados dessas ações desde o começo até o fim através de um processo que sirva como a frente de análise para disponibilizar insights. Essa é a camada de análise.

Como pode ser visto, não citamos nome de ferramentas, apenas processos e passos desejáveis. Há diversas ferramentas que podem atuar em cada uma dessas camadas de forma similar. Com o processo desenhado, temos um modelo de operação montada.

 

Defina as ferramentas do stack

O terceiro passo é a escolha das ferramentas. Neste momento precisamos considerar os seguintes pontos:

  • Pré-selecionar as ferramentas que podem atender as demandas de acordo com o processo desenhado;
  • Considerar os custos e modelos de cobrança de cada ferramenta. Aqui prestar atenção à moeda em que é cobrada;
  • Verificar a solidez de cada ferramenta no mercado e a popularidade delas no meio profissional;
  • Avaliar a curva de aprendizado da ferramenta;
  • Verificar os suportes disponíveis por parte da empresa que fornece a ferramenta;
  • Validar com a equipe de T.I os prós e contras do ponto de vista da área, como questões de segurança, integrações, bancos de dados e afins;
  • Verificar a sinergia das ferramentas com o que já é utilizado atualmente ou verificar a possibilidade de mudanças;
  • Compreender se vale mais a pena uma utilização de prateleira ou uma solução com maiores possibilidades de customização (contato direto com os desenvolvedores).

Avaliar todos os pontos acima já é um grande diferencial, visto que a maioria das empresas costumam avaliar menos da metade.

Outro ponto importante é definir um responsável pelo processo. Aqui falamos muito da área de marketing como o responsável por organizar internamente a implementação. Há empresas, no entanto, que deixam essa responsabilidade com a área de T.I. Quanto a isso, ambas as soluções são válidas, mas deixamos claro que normalmente a área de T.I possui um escopo muito específico e tende a olhar unicamente do ponto de vista de tecnologia e não em uma sinergia geral entre processos e necessidades da empresa, algo que faz com que o marketing seja a área mais preparada para liderar essa transformação. Um ponto que pesa para o marketing, no entanto, é quando não há profissionais preparados e conhecedores da tecnologia, algo que não é raro de acontecer, o que faz com que nesses casos a palavra da área de T.I gere maior confiabilidade.

Por fim, recapitulando, o processo da escolha do stack de ferramentas passa por três fases:

  • Definição e organização das camadas de atuação
  • Desenho dos processos
  • Definição das ferramentas

 

Como saber se a minha empresa está pronta para desenhar um stack de ferramentas?

Seguindo os passos descritos nestes dois artigos. É possível evitar danos e desperdício se houver uma separação adequada das camadas e um desenho de processos antes de seguir para a contratação das ferramentas.

Muitas empresas fazem justamente o contrário. Normalmente há uma pesquisa muito superficial para compreender qual ferramenta utilizar, muitas vezes por haver um prazo curto para se tomar a decisão, ocasionando em escolhas equivocadas. As empresas que começam a ter dificuldade na própria definição de camadas e processos já podem considerar que é um alerta de que, talvez, não tenham o know how necessário para a construção de um stack, tornando-se necessária a contratação de profissionais especializados ou consultores.

Desenvolver stacks de ferramentas de marketing é uma das especialidades da Crafted. Entre em contato conosco se a sua marca precisar de mais informações sobre o assunto.

 

Grande abraço!

 

por Marcos Brito

Especialista em Marketing Digital e CEO da Crafted - Consultoria em Marketing de Performance. "Transparência e confiança são os ingredientes para gerar uma boa perspectiva para o marketing nas empresas!"

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